Foi num post da 37 Signals que li a primeira vez a dica “Contrate Gerentes de Um” e desde então, venho procurando não apenas seguir esse conselho mas também venho disseminando essa ideia nos eventos e conferências que tenho participado nos últimos anos.
Renato Chencinski, depois de ver a minha última palestra do Agile Trends, pergunta: é possível mudar a cultura de uma organização para que pessoas já contratadas tenham uma mindset de pessoas “auto-gerenciáveis”?
Os “Gerente de Um” são aquelas pessoas que não precisam de ninguém “cuidando” delas. Elas procuram descobrir o que podem fazer de melhor para contribuir com o sucesso da organização, assumem responsabilidades, e entregam o que precisa ser entregue. São pessoas que definem suas próprias direções e, simplesmente, fazem o que precisa ser feito.
Respondendo a pergunta do Renato, eu acredito que sim, isso é possível! Porém, não necessariamente é uma tarefa fácil.
Gostaria de deixar aqui regitrados alguns conselhos para você que quer trilhar esse caminho:
– Procure criar um ambiente propício para pessoas auto-gerenciáveis. Lembre-se mude o ambiente, e as pessoas mudaram de comportamento. Se você trata as pessoas como crianças, a tendência é que elas ajam como crianças.
– Deixe claro qual é o comportamento esperado e o porquê, assim como qual é o comportamento não esperado e o porquê.
Ex: “É esperado que as pessoas se mantenham atualizadas porque valorizamos a excelência técnica em nossa organização”.
– Torne os objetivos da organização interessantes e atraentes para as pessoas.
– Seja o exemplo da mudanças que você quer ver no mundo.
– As pessoas devem ter a Autonomia que precisam para fazer o melhor trabalho que podem e conhecer os limites e restrições que existirem. Uma ferramenta útil pode ser o Delegation Board do Management 3.0.
– Leia o livro Como Mudar o Mundo de Jurgen Appelo.
– Procure externalizar de alguma forma os objetivos e valores da organização. Missão e Valores são úteis quando servem como guia para a tomada de decisões diárias das pessoas, caso contrário servem apenas para enfeitar a recepção da organização.
– Permita que as pessoas dêem feedback umas para as outras de como estão indo (em relação ao valores e objetivos), se você trabalha numa organização com fortemente hierarquica, certifique-se de esse feedback ocorra também entre pares.
O que mais você sugere que seja feito? Registre seus pensamentos num comentário…
André.
Acho que a empresa tem que valorizar mais a parte humana do que a própria empresa. Com uma boa equipe, eu posso ter várias empresas, mas sem pessoas motivadas e qualificadas, não há empresa que vá pra frente.
Hoje em dia é muito comum falar que a força da empresa está no time e tal, mas como deixar esse time sempre motivado?
Acho que ser um “gerente de um” é um passo para isso e muitas outras atividades.
Respeitar sempre a individualidade é algo que sempre vejo que falta nas equipes.
Bacana, Lazaro.
Obrigado pela contribuição!
Olá Faria, muito bom este post. Concordo plenamente com sua visão.
Tenho estudado sobre equipes auto-organizáveis e fiz algumas apresentações no blog da Bluesoft (labs.bluesoft.com.br) sobre o assunto.
Obrigado por compartlhar!